Um ícone histórico à beira da Praia do Flamengo.
Refúgio clássico com alma carioca, encomendado por Octávio Guinle e assinado por Joseph Gire — o mesmo arquiteto que eternizou o Copacabana Palace e o Hotel Glória, símbolos da linguagem francesa que moldou o Rio na virada dos anos 1920.
Construído em 1925, o edifício é reconhecido como o primeiro da orla do Flamengo, concebido “ao estilo parisiense”, com telhado em mansardas, molduras ornamentadas, portas-janelas, e ferro trabalhado.
Mais que um imóvel, é uma obra de arte suspensa sobre a baía, onde o tempo se conserva nas proporções palacianas e na elegância dos detalhes.
Nos anos 1920, o Rio buscava se afirmar como capital cosmopolita. Era um momento em que a elite e o governo olhavam para Paris como referência, encomendando hotéis e edifícios inspirados na École des Beaux-Arts, numa estética que unia o Beaux-Arts francês ao art déco inicial.
Esse movimento marcou uma geração e deu origem a construções icônicas: o Hotel Glória (1922), o Copacabana Palace (1923) e, logo depois, este edifício histórico no Flamengo — um testemunho do nascimento da Belle Époque carioca.
Nos interiores, a atmosfera é de um palacete suspenso.
Salas iluminadas por portas-janelas se abrem para o mar, revelando um pé-direito alto de mais de 4 metros e a beleza de um projeto que privilegiava luz natural e ventilação cruzada.
O mármore esculpido, os detalhes dourados, a marcenaria artesanal e os vitrais coloridos se combinam em harmonia, preservando a memória de uma época em que viver era também um gesto estético.
Um endereço raro, cercado por história e natureza, a poucos passos do Aterro do Flamengo.
Um lugar que traduz o espírito do Rio em sua fase mais elegante — onde o clássico e o contemporâneo se encontram com serenidade.
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